sábado, 28 de janeiro de 2012

A Bíblia e a escrita chinesa - Como os missionários ingleses evangelizaram os chineses usando o idioma deles


Em seu interessante livro O Fator Melquisedeque, Don Richardson argumenta que em todos os povos do mundo Deus deixou uma semente do evangelho, isto é, alguma característica cultural que serviria de ponte para a entrada da Palavra.

    Um povo da Indonésia fabricava, uma vez por ano, um barquinho de madeira, amarrava nele uma galinha e uma lanterna acessa, e cada um dos membros da tribo fazia um gesto como que pondo ali um objeto invisível. Quando eram perguntados o que haviam deixado no barquinho, respondiam: “Meu pecado”. Depois, o chefe da tribo deixava o barquinho ser levado pela correnteza de um rio, enquanto todos comemoravam gritando: “Estamos salvos!”

     Embora esta cerimônia religiosa não salve ninguém do seu pecado, diz Richardson, ela pode ser usada como uma ponte para o conhecimento do evangelho. O fato de a tribo indonésia ter uma espécie de consciência do próprio pecado e querer despejar sobre um ser vivo a sua culpa, sacrificando o animal, ilustra muito bem o conceito cristão da expiação, e pode ser usado para explicar essa doutrina.

     Uma das minhas histórias preferidas das 26 que o livro conta é a dos primeiros missionários enviados à China. Eles tiveram que enfrentar um obstáculo que parecia intransponível: o idioma chinês. Richardson não menciona isso no livro, mas o chinês é uma língua tonal: uma palavra pode assumir vários significados dependendo da entonação com que é enunciada. [Tem uma demonstração formidável disso, um poema que usa apenas o som shi, sobre o qual talvez eu fale em outro post. Por enquanto, direi apenas que “Shī shì shí shī shĭ” significa “O poeta comedor de leões no covil de pedra”].

     O fato de o idioma ser tonal já torna o aprendizado um desafio enorme para um ocidental, mas Richardson conta que o mais difícil para os missionários foi aprender o sistema de escrita chinês. Acostumados com alfabetos europeus de 26 letras, eles ficaram admirados ao descobrir que a escrita chinesa usava um conjunto de 214 símbolos, chamados “radicais” ou bushou, que se combinavam para formar de 30.000 a 50.000 ideogramas! 

Os 214 radicais do sistema de escrita chinês. Os números em fundo escuro são a quantidade de traços necessários para escrever os ideogramas subsequentes.


    Abaixo, transcrevo um trecho do livro. Volto depois.

    “O santo mais paciente teria dificuldade em controlar-se num caso assim! Como um Deus soberano poderia permitir que um povo desenvolvesse um sistema de escrita tão ‘radical’? Será que Deus não se importava com o fato de que a escrita chinesa colocava uma barreira praticamente intransponível à comunicação do evangelho a um quarto da humanidade?

    “Certo dia, porém, um dos missionários deixou de se queixar. Ele estava estudando um determinado ideograma chinês, que significa “justo”, notando que possuía uma parte superior e outra inferior. A superior era simplesmente o símbolo chinês para cordeiro. Logo em baixo do cordeiro havia um segundo símbolo, o pronome da primeira pessoa, “eu”. De repente percebeu uma mensagem surpreendentemente bem codificada, oculta no ideograma: 'Eu, que estou sob o cordeiro, sou justo!'

   “ Ali estava exatamente o centro do evangelho que ele atravessara o oceano para ensinar! Os chineses ficaram surpresos quando ele lhes chamou a atenção para a mensagem oculta. Jamais a tinham notado, mas uma vez alertados, perceberam-na claramente. Quando ele perguntou, ‘Sob qual cordeiro devemos estar para sermos justos?’, eles não souberam responder. Com grande alegria, contou-lhes, então, a respeito do ‘Cordeiro que foi morto, desde a fundação do mundo’ (Ap 13.8), o mesmo ‘Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo’ (Jo 1.29)”.

   Voltei. Infelizmente, O Fator Melquisedeque não traz ilustrações com os caracteres chineses, mas um livro disponível na Web chamado “The Discovery of Genesis – How the Truths of Genesis were found hidden in the Chinese Language” enumera vários exemplos dessas mensagens ocultas. O blog Calebante traz com exclusividade algumas dessas mensagens para que você possa evangelizar aquele seu vizinho chinês, e ainda lhe ensina a digitar os caracteres no Microsoft Word. Abaixo, os símbolos e as explicações:



    O ideograma para criar reúne os símbolos para lama, boca e capaz de andar. Traz ainda um radical chamado piě, que é um pequeno traço caindo, para sugerir a ideia de movimento ou vida. Compare com Gênesis 2.7: “E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou [com sua boca] em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente [não um bebê, mas um adulto, capaz de andar]”.

    O caractere para jardim traz os símbolos de fôlego, lama e duas pessoas, todos envoltos num radical retangular que significa cerca ou invólucro. Seria uma referência a Adão e Eva, presos no Jardim do Éden?

    O símbolo chinês para barco reúne a palavra para embarcação, o símbolo para o número oito e o caractere para boca. Em chinês, a boca é frequentemente uma representação metonímica para uma pessoa. Você se lembra de alguma embarcação que transportou oito pessoas? A Arca de Noé!

   O radical que significa homem é uma figura que lembra um Y invertido. O ideograma que significa árvore é uma cruz com o símbolo do homem superposto a ela! E o símbolo para venha exige dois outros símbolos menores para homem, colocados de cada lado da árvore, com o homem maior sobreposto a ela. Alguns estudiosos da escrita chinesa afirmam que as duas figuras humanas menores significam coletivamente a humanidade. Caso positivo, o ideograma que significa venha parece conter um código que diz: “Humanidade, venha para o homem da árvore”.

    Para ser bem honesto, algumas das interpretações dos ideogramas chineses parecem meio forçadas. Diz Richardson: “Nem todos os pesquisadores concordam sobre a interpretação exata de cada símbolo. Não obstante, os próprios chineses (e muitos japoneses, pois o Japão usa praticamente o mesmo sistema de escrita) ficaram intrigados com as interpretações sugeridas pelos missionários. Mesmo quando as teorias não são conclusivas, a simples discussão sobre elas pode ser suficiente para comunicar a verdade espiritual aos incrédulos”. Quer seja uma provisão divina para o povo chinês ou um punhado de coincidências, o fato é que muitos pastores chineses ainda consideram o emprego desses vários símbolos como um meio válido de fazer contato com a mente do povo.

     Bem, se você quer digitar os caracteres chineses no Microsoft Word (não vejo por que você ia querer, mas não estou aqui para julgá-lo), siga essas instruções: mude a fonte para Arial Unicode MS, ou outra fonte com caracteres chineses, digite o código 7FA9 e aperte Alt+X. Pronto, aparece o lindo ideograma para “retidão”. Abaixo, uma tabela com os caracteres mencionados aqui e seu código Unicode:




    Fontes:
    O Fator Melquisedeque, de Don Richardson;
  The Discovery of Genesis – How the Truths of Genesis were found hidden in the Chinese Language, de C. H. Kang e Ethel R. Nelson;
   Página zhongwen.com/ ;
   Página www.cantonese.sheik.co.uk/

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

"Bem-feito" ou "benfeito"? "Bem-vindo" ou "benvindo"? Leia isto e se assombre com a sua ignorância!

 

    Outro dia minha querida amiga Deborha me ensinou que a palavra que se escrevia "bem-vindo" passou a se grafar "benvindo" depois do Acordo Ortográfico de 2010. Eu passei um bom tempo admirando essa grafia, pois para mim parecia totalmente estranha. Fiquei tão ansioso para usar o conhecimento recém-adquirido que acabei me confundindo e escrevi, na última postagem, sobre uma questão "benfeita", e disse que a Deborha é que havia me ensinado a escrever assim.

    "Não ensinei, não", disse a Deborha. "O que eu disse foi com relação à palavra 'benvindo'!" 

    Aí eu fiquei confuso. É "Bem-feito" ou "benfeito"?  Após alguma pesquisa na Internet, descobri que*:

   - Segundo o mais novo acordo ortográfico, "bem" se agrega com hífen a palavras com que forma um adjetivo ou substantivo composto: bem-aventurado, bem-sucedido, bem-humorado, etc.

   - Pelo mesmo acordo (vai entender!), "bem" se aglutina com o termo seguinte nas palavras benfazejo, benquerer, benvindo e... benfeito.

   - Mas nem sempre se escreve "benfeito"! Por exemplo, quando o conjunto representa um advérbio modificando um verbo ou particípio, escreve-se "bem feito". Veja: na frase "O bolo foi bem feito por Maria", o advérbio "bem" está modificando o sentido da palavra "feito". Repare que a frase ainda faria sentido se fosse "O bolo foi feito por Maria", mas "bem feito" realça as qualidades culinárias de Maria.

    No final das contas, eu escrevi corretamente no texto sobre o ENEM - toda questão no vestibular deveria ser benfeita. Mas escrevi corretamente pelo motivo errado! (Ah, se na vida fosse sempre assim! Ah, se raciocínios errados sempre conduzissem às ações certas!)

    De acordo com o site Migalhas**:

"Só pelo teor do Acordo – o qual, sem estabelecer critérios seguros, afirma, de modo fluido e inconsistente, que o advérbio "bem" pode ou não aglutinar-se ao segundo elemento – já se vê a total impossibilidade de fixar uma regra que solucione os problemas do hífen em hipóteses como a da consulta."

    Ou seja, caro leitor, trata-se de um mistério insondável. A única forma de saber quando se deve juntar o "bem" à palavra é recorrer ao dicionário. Só venceremos a nossa ignorância quando reunirmos disposição para ficar consultando o pai-dos-burros.

*  http://www.portuguesnarede.com/2010/08/bem-feito-ou-benfeito.html
**http://www.migalhas.com.br/Gramatigalhas/10,MI126672,41046-Bem+vindo++bem-vindo+ou+benvindo
   -- Esses dois sites estão recomendados!


quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Entenda a Teoria de Resposta ao Item, usada para calcular a sua nota no ENEM, e saiba o que isso tem a ver com o crescimento das plantas


Pouco depois de ter saído o resultado do ENEM, alguns dos meus amigos no Facebook compartilharam uma mensagem muito parecida com isso:


Infelizmente não consegui achar a figura original, mas era isso mesmo que ela dizia: mostrando dois gráficos, reclamava que muita gente havia recebido notas diferentes mesmo tendo feito o mesmo número de questões e alegava que a nota de um candidato deveria ser proporcional ao número de questões que ele havia acertado.

    Ocorre que o modelo estatístico que o ENEM usa para calcular as notas dos candidatos é a TRI, Teoria da Resposta ao Item, que leva em conta, entre outras coisas, a dificuldade de cada questão. Não reclame se o atual namorado da sua ex acertou o mesmo número de questões que você e tirou uma nota maior: é que ele acertou mais questões difíceis que você.

    Aliás, para classificar as questões como fáceis ou difíceis é indispensável testá-las com uma amostra significativa de estudantes, num “pré-teste”. Foi isso o que aconteceu naquele episódio envolvendo o Christus: alguns estudantes tinham feito o pré-teste e, uma semana depois, encontraram as mesmas questões na prova definitiva – que surpresa boa! Claro que isso aconteceu por incompetência da organização do teste. Nos Estados Unidos, uma questão só aparece em um teste pelo menos cinco anos depois de ter constado no pré-teste que a classificou.

    O.K., a nota do ENEM não depende apenas do número de questões corretas. Mas a probabilidade de que um aluno acerte determinada questão deve ser diretamente proporcional à habilidade do aluno, certo? Errado! Segundo a Teoria de Resposta ao Item, o melhor é que esta não seja uma relação direta (isto é, linear) como poderiam argumentar protestos no Facebook. Antes, a probabilidade P(θ) que um examinando de habilidade θ acerte uma questão é modelada por uma curva em forma de S:


Vejamos o porquê. Uma questão benfeita (agradeço à Deborha por me ensinar que é assim que se escreve agora) é aquela que discrimina bem os examinandos. Se determinada questão deve ter dificuldade 5, numa escala de 0 a 10, seria perfeito se todo candidato que tem habilidade maior que 5 tivesse 100% de chance de acertá-la, enquanto todos os outros errassem. Nestas condições, a curva característica seria assim:


Agora fica mais claro que se a relação entre P(θ) e θ fosse linear, a questão não discriminaria nada bem, pois a probabilidade de acerto mudaria lentamente ao longo de todo o intervalo de habilidades possíveis.

    Se você estiver disposto, pode testar o que aprendeu respondendo às três perguntas abaixo, que poderiam até ser problemas do ENEM, já que envolvem interpretação de gráficos. Se não estiver com paciência para pensar, pule um parágrafo.





    O item c é a resposta de todas as três perguntas. Na primeira delas, a curva verde representa uma questão bem difícil: veja que até quando a habilidade do examinando é muito alta, a probabilidade que ele acerte a questão ainda está lá pelos 70 ou 80%. A segunda pergunta você responderia facilmente se entendeu o parágrafo anterior. A terceira é mais interessante: veja que quando um aluno tem baixa habilidade, ainda assim tem 20% de chance de acerto. Se você não sabe nada e ainda tem uma chance em cinco de acertar, é porque a questão tem cinco alternativas. A nota do ENEM leva em conta o acerto casual, e por isso ninguém tira zero. A menor nota que se pode tirar depende do desempenho de todos os examinandos.

    De acordo com o INEP, para cada questão do ENEM constrói-se um modelo representado pelos três parâmetros mencionados na figura acima: a discriminação, o grau de dificuldade e o acerto casual. Mais especificamente, é usado o modelo logístico de três parâmetros, ou ML3. Para o caso pouco provável de você se interessar, é dada abaixo a equação que rege o modelo.


Curiosidade: A curva em forma de S do gráfico, a função logística, é muito usada para modelar o crescimento de plantas e animais, desde seu nascimento até a maturidade, desde 1844. Só foi usada como modelo na Teoria de Resposta ao Item por volta dos anos 1950 e, devido a sua simplicidade, se tornou o modelo preferido.

    Se você for professor, note que para se fazer um teste justo há toda uma ciência. Os estatísticos é que sabem extrair os dados para atribuir graus de dificuldade numa questão e fazer testes que realmente meçam o conhecimento dos alunos. Você não sabe. Talvez seus pupilos saibam mais do que parece, por isso é bom pensar em pegar mais leve com eles.

     Fontes:
     The Basics of Item Response Theory, de Frank B. Baker.
     Teoria de Resposta ao Item: conceitos e aplicações, de Dalton Francisco de Andrade.
     Página do INEP: www.inep.gov.br/
     








quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A mesa mais legal do mundo E: Aprenda a fazer figuras que se mexem sozinhas!


O Red Dot Design Award é um prêmio internacional de design de produtos oferecido pela Design Zentrum Nordrhein Westfalen, na Alemanha. O vencedor do concurso em 2011 foi a empresa John Leung, pela mesa que batizou de Magic Carp-pet. Veja que coisa fabulosa:


Não há tecnologia alguma aqui, mas apenas um efeito óptico conhecido como padrão moiré, que ocorre, por exemplo, quando duas grades com movimento relativo entre si se superpõem periodicamente, causando uma ilusão de movimento. As figuras seguintes, da Wikipédia, ajudam a entender o que acontece:



A interposição e superposição das faixas das grades criam padrões de interferência. Agora veja o que acontece quando uma das grades se movimenta:


Para demonstrar como você pode fazer sua própria animação com papel e transparência, eu preparei uma animaçãozinha com todo carinho (ah, meu Deus, estou gastando tempo demais com esse blog...). Clique abaixo para ver:


Esta animação é a superposição das duas figuras mostradas abaixo. Atenção à explicação: a grade é formada por várias faixas de largura de 6 pixels, separadas entre si pela distância de 1 pixel. Veja-a se mexendo sozinha:


O que eu vou chamar de “figura de encaixe” é constituída de barras de 1 pixel de largura, separadas entre si por 6 pixels, que têm alturas variadas de modo a formar um círculo. A minha animação tem seis desses "círculos de encaixe":


Veja que a figura não precisa de mover, apenas a grade. Você vê um círculo preenchido quando a figura de encaixe se ajusta do modo correto à grade. Pois bem: a grade se desloca um pixel por vez e a cada posição apenas um círculo é visível, estando os outros cinco escondidos pelas faixas da grade.


A partir deste princípio se pode criar qualquer animação de seis quadros. Tem até um livrinho muito legal com várias dessas animações:



Você pergunta: como poderei eu, Calebe, fazer minhas próprias animações Moiré? Em tese não seria tão difícil: bastaria imprimir uma grade numa daquelas transparências de retroprojetor (ainda fabricam isso?) e arranjar uma animação de seis imagens, cada uma delas "fatiadas" como os meus círculos de encaixe (estou começando a achar que "círculo de encaixe" é um nome meio idiota...), que devem estar posicionadas entre si da maneira correta.

Mas na prática, amigo, a coisa não é tão simples. Todo o segredo da coisa está na proporção entre a grade e as figuras, que deve ter uma precisão milimétrica. Pela minha experiência, imagino que a rugosidade do papel, a imperfeição da impressora e os ventos do Norte hão de conspirar contra a precisão necessária. Mas você pode tentar, quem acredita sempre alcança...



Christian Classic Jokes I

- Olá, irmão Roboão! Não pude ir ao culto ontem. Como foi a pregação do pastor Jeconias?
- Irmão, a pregação foi como uma espada!
- É mesmo, irmão? Como uma espada cortante, capaz de penetrar até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas?! Que bênção!
- Não, irmão. A pregação foi como uma espada porque longa e chata.
- (Risos)



quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

As músicas mais “blogadas” em 2011 Ou: Veja como eu tenho bom gosto!


Não acredito que você ainda não conheça o site do Hype Machine. A ideia dele é genial: agregar canções postadas em mais de 400 blogs epecializados e atualizar frequentemente as músicas mais favoritadas no momento. No final de cada ano, o site faz um ranking dos 50 álbuns mais bem posicionados. É o que eles chamam de Zeitgeist (que significa “espírito da época” ou alguma coisa do tipo e se lê tzaitgaisst).



  Perceba: se fosse uma simples pesquisa sobre popularidade, aberrações musicais como as de Ke$ha apareceriam no topo da lista, já que a humanidade padece de uma endemia chamada mau gosto. Mas não é o caso: a pesquisa ocorre entre as pessoas que realmente se interessam por música, que realmente entendem de música, que dedicam parte de suas vidas a blogs sobre música. Assim, felizmente, Lady Gaga aparece apenas na posição 37 (embora a popularidade dela seja enorme a ponto de acumular absurdos 17 milhões de seguidores no Twitter) e não se faz menção alguma a Ke$ha.
  Fico feliz porque três dos que eu mencionei aqui, há duas postagens, foram lembrados como melhores do ano: The Decemberists ficaram na oitava posição, Adele na sexta e Fleet Foxes na segunda posição. Pelo menos para música, eu tenho bom gosto: fim de prova.
   Para ver as outras bandas do Zeitgeist 2011 vá até http://hypem.com/zeitgeist/2011