sábado, 15 de outubro de 2011

Primeiro post sobre física: A espetacular ilusão de ótica da Sala de Ames


Quando falei do blog à minha amiga Samara, ela perguntou, não sem tentar me induzir à resposta que queria ouvir:
 - Ah, um blog? E vai ter o quê, curiosidades?
Bem, não ia ter curiosidades, não até ela perguntar. Mas não sei como ainda não tinha pensado no mais óbvio: escrever sobre assuntos que me interessam, como física. Eis, então, a primeira postagem com uma curiosidade sobre física, dedicada à Samara. Como eu me lembro de uma vez em que ela disse que adorava ilusões de ótica (ou será que não foi ela? ou será que não era de ilusões de ótica que ela disse gostar? bem, agora não importa), gostaria de mostrar a vocês um fantástico dispositivo: a sala de Ames, concebida pelo oftalmologista americano Adelbert Ames em 1935.
Trata-se de uma sala de formato trapezoidal que é construída para criar uma ilusão de ótica para um observador que enxerga a sala por um pequeno orifício. Para o observador, ela parece uma sala convencional retangular, mas na verdade uma de suas paredes tem forma de trapézio, sendo que um dos seus cantos fica bem mais próximo do observador do que o outro. Desta maneira, um objeto colocado num dos lados da sala parece gigante, enquanto o outro parece minúsculo, mesmo que os objetos tenham tamanhos iguais. Na foto acima, uma alegre menininha se coloca nos dois cantos em uma sala de Ames.

Aqui está um esquema do funcionamento de uma sala de Ames (não lhe lembra suas aulas de ótica geométrica?)

Note que os ladrilhos do chão – que parecem quadrados, mas só parecem* – são fundamentais para o efeito. Aliás, nem as paredes nem o teto são necessários para criar a ilusão: um horizonte desenhado adequadamente é suficiente para forçar o cérebro a readaptar sua percepção de profundidade.

Este efeito tem sido usado até em grandes estúdios de filmagens! Na trilogia O Senhor dos Anéis, por exemplo, os hobbits parecem menores que os humanos graças a esse truque :-).
O vídeo abaixo ilustra de maneira dramática a vida numa sala de Ames. Não é incrivelmente convincente essa ilusão?

*Os ladrilhos parecem quadrados, mas não são. Isso até parece uma descrição da minha avó Chichica, que é bem menos quadrada do que aparenta (no sentido de careta, claro). A diferença é que os ladrilhos do chão não me enchem o saco perguntando por que é que eu não consigo arranjar uma namorada.


3 comentários:

  1. Querido Calebe, meu sobrinho que só me orgulha..Muito interessante o seu blog. As curiosidades da fisica são interessantíssimas..Parabéns.....

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  2. calebe apesar de toda essa inteligencia nao consigo entender porque voce nao consegue arranjar uma NAMORADA,mulher e tao facil achar,sera porque e dificil resolver os problemas delas?

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  3. Caro Anônimo, você está desatualizado.
    Não que seja da sua conta, mas eu tenho o prazer de informá-lo que desde o dia primeiro de maio tenho uma namorada. E não é qualquer uma! Mas alguém cujos problemas realmente vale a pena ajudar a resolver. Meus cumprimentos.

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